Recuperar, reforçar ou recompor a aprendizagem: diferenças e caminhos
08 de agosto de 2024 | Categoria: Avaliação

Você já ouviu as palavras “recuperação” e “reforço”. E, como educador, mais recentemente vem ouvindo a palavra “recomposição” para a aprendizagem. As palavras são parecidas, a começar pelo prefixo “re”, que significa “fazer de novo”. 

Re-cuperar, re-forçar e re-compor trazem a ideia de trilhar o mesmo caminho de novo para atingir um objetivo não alcançado. As semelhanças, porém, param por aí. 

Recuperação 

Quando falamos recuperação – do latim “recuperare”, “agarrar de novo” –, estamos nos referindo à retomada, pelo estudante, de uma habilidade ou conteúdo no qual ele não alcançou o resultado desejável no processo de ensino-aprendizagem. Seu caráter é mais pontual, ou seja, não pede um olhar sistêmico para a aprendizagem. 


Reforço 

Reforço traz a ideia de “colocar força novamente” em alguma coisa. O objetivo do reforço, na educação, é aprofundar um conteúdo ou habilidade em que o estudante está tendo dificuldades de compreensão. Também é uma ação mais pontual. 


Recomposição

A palavra recomposição traz seu significado em sua própria etimologia. Compor (do latim “componere”) significa “formar”, “constituir” ou “moldar”. Assim, a ideia de recomposição não se liga a um elemento ou a um instante, mas ao todo e à estrutura da aprendizagem. A recomposição pode abranger os esforços de recuperação e de reforço, que também são relevantes, mas vai além. 

Seu objetivo é retomar o processo de ensino-aprendizagem partindo de sua base. Um processo que foi duramente afetado pela pandemia da Covid-19 – cujas consequências são sentidas ainda hoje no contexto educacional -, mas que, no caso brasileiro, também está ligado a outras deficiências, crônicas, históricas e estruturais. 

Assim, ao pensar em “recompor a aprendizagem”, o gestor ou professor não estará focado em apenas um conteúdo ou em uma série de conteúdos, mas no todo e nas relações entre os temas e conteúdos que conformam a aprendizagem. 

E mais: no processo de aprendizagem visto a partir de um espectro mais amplo. Que envolve - e, aqui, nos apoiamos no material desenvolvido pela Fundação Leman e pelo Instituto Natura para gestores escolares - a busca ativa pelos estudantes, o acolhimento e o ambiente escolar, a flexibilização curricular (que permita selecionar objetivos ou marcos de aprendizagem essenciais previstos no calendário – como as habilidades prioritárias da BNCC), a reorganização das atividades pedagógicas, o acompanhamento das aprendizagens e a avaliação diagnóstica.   


O papel da avaliação diagnóstica

Com o Programa inDICA de Gestão do Conhecimento, o Ígnea oferece um sistema completo de avaliação diagnóstica da aprendizagem. Avaliação que é essencial para a mensuração precisa do estado da aprendizagem – escola a escola, turma a turma, estudante a estudante. Avaliação que, é claro, foca diretamente os estudantes, mas que também envolve os professores, os gestores e as famílias. 

Uma boa avaliação diagnóstica é essencial para a construção do plano de intervenção pedagógica, que, por sua vez, é o caminho para a recomposição da aprendizagem. 

O Plano de Intervenção Pedagógica é uma proposta de ensino para intervir no ensino e aprendizagem dos alunos com dificuldades – eventualmente, todos eles, em maior ou menor grau –, desenvolvendo uma maior aprendizagem na alfabetização e no letramento de maneira significativa. 

Em síntese

Para a educação, recuperação, reforço e recomposição são elementos distintos. Enquanto os dois primeiros são mais pontuais, o terceiro é sistêmico, referindo-se à estrutura e ao processo de aprendizagem. 

A recomposição da aprendizagem envolve um olhar mais focado e um espectro mais amplo de ação, e tem na avaliação diagnóstica – a coleta de informações mais precisas sobre o estado da aprendizagem – um componente essencial, que se conecta ao plano de intervenção que possibilitará recompor a aprendizagem. 

 

PROGRAMA INDICA: CONHECIMENTO QUE GERA CONHECIMENTO. CONHEÇA!


COMPARTILHE

21 de dezembro de 2024

23°26´: a inclinação que transformou o mundo – verão, solstício e festas de fim de ano

Você sabia que o verão - e todas as outras estações - só existem por causa do eixo de translação da Terra? Sim! São 23°26´ que fazem toda a diferença. Para a praia, para o calor, e para uma infinidade de coisas no mundo! Vamos saber mais:

09 de dezembro de 2024

Uma jornada fantástica pelos novos museus virtuais

aprendizagem, da experiência e de encantamento para temas como a Ciência, a História, a Arte e a Literatura. E mais: elas também ajudam a popularizar esses conhecimentos, como no caso dos museus virtuais, que oferecem acesso gratuito a conteúdos extraordinários. Imagine, por exemplo, acessar os acervos do Museu do Louvre, na França, ou do Museu do Prado, na Espanha, sem sair de casa. Graças aos museus virtuais, isto é possível!

14 de novembro de 2024

“Ho, ho, ho!” - Educação Financeira e as festas de fim de ano!

Árvore de Natal montada, aquela vontade de reunir todo mundo... para muitos brasileiros, esta é a hora de sair a campo em busca dos melhores preços nos presentes e nos ingredientes para a ceia. Então: que tal envolver os jovens nesse processo? Eles podem aprender dicas e conceitos importantes de economia enquanto ajudam a escolher os melhores preços... e sem perder a magia do Natal! Isso tem nome: educação financeira!

Newsletter
Faça seu cadastro e receba dicas e novidades
sobre o Ígnea e o mercado de educação
  • ENTRE EM CONTATO
  • (41) 9 9227-2128
    contato@igneaedu.com.br
  • Rua João Máximo Kopp,
    167 • Santa Cândida
    Curitiba • PR
  • SIGA-NOS
Atendimento
WhatsApp